7 de maio de 2011


É como uma árvore em óbito. Seca pela sede eterna de viver. Suas raízes já não encontram mais água no profundo, e a terra árida do subsolo paraliza a seiva, que deixando de correr, mata as folhas. E é como se eu fosse as folhas verdes morrendo agora. Me sinto interrompido por esta sede de você, ou daquilo que você me entregava, ou do que eu entregava pra você. Minha necrose da alma é uma espécie de luto incerto-interno, desmedido e despropositado ao qual resisto selvagem. Não consigo me desfazer de você. É como se houvesse um vínculo energético, substancial, (i)material intrínseco. Cada dia escurece mais cedo e eu não lido bem com a treva. Confesso que o escuro nunca me foi seguro exceto contigo, e essa é umas das coisas maiores, talvez, das quais preciso aprender em breve, e com bravura, sem você. Eu preciso de um caminho em meio às trevas pelo qual seguir sozinho, e por favor, me ajuda, já não aguento mais estar perdido por saber que não adianta mais te (des)amar.