21 de outubro de 2008


Não encontro a poesia pretendida, não acho as frases correspondentes e nem consigo dizer o que é que habita. A vontade se mistura ao sonho, e o desejo é alegria, e a idealização boba se prende a cada palavra, a cada traço de algo que se espera e que no entanto pode nunca vir a ser. A mera imaginação inspira, o ser se dota de vontade, enche-se de brilho, incendia de felicidade, olho que percorre o centímetro, cuidado ao sair, perocupação em agradar, olfato que capta o cheiro, espaço pequeníssimo que parece como limiar frágil, treino de sorrisos, medo de não saber o que dizer, vontade de dizer, de convidar, apertar com força, repartir o gosto, demonstrar o sentimento, de uma mordida que não quer machucar e sim transmitir, de um carinho que não quer desculpas mas sim troca, de um desejo que não é superficialidade, e sim demonstração de transbordo, de excesso, de uma necessidade mister e nova, que era velha, e se renova, encantamento leve, e lindo, do que prende pelo sorriso, pelo rosto, pela voz.

Ventura

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