12 de setembro de 2009


Hoje tinha uma bola amarela no lago e eu me lembrei de você. Semana passada eu te escrevi e você não me respondeu. Há meses atrás eu chorei no pátio de uma formatura e me neguei a entrar no teu carro quando você me chamou porque eu não queria que você me visse daquele jeito. E eu venho não querendo que você me veja desde sempre, estou cansado de mim mesmo por não desistir de escrever pra você. Estou cansado de viver um sentimento que nem vive nem morre, você exerce uma espécie de existência perene dentro de mim. E eu acho que não deve ser assim. Tem um filme chamado Summer Storm e eu acho que você deveria assiti-lo. É mais ou menos assim. E não importa por onde eu ande, com quem eu esteja e você sabe que sempre um dia eu consigo estar com quem eu quero, ninguém preenche você. Ninguém te substitui. Ninguém ocupa. E isso é repetitivo porque nem eu mais aguento esse sentimento que atravessa os anos dentro de mim independente dos outros e do que eu sinta por eles. É lógico que às vezes ele diminui, mas ele sempre volta. Como um pêndulo de um relógio que canta`os velhos tempos sempre acabam voltando`. Dentro em breve faz um ano do dia em que escolhi pra tentar ouvir de você. E eu te juro que quanto mais a gente se esconde mais a gente se perde. Hoje eu acho que está na hora de um pôr-do-sol em você. Minhas màos procuram as teclas, e minha memória lembra das tuas mãos, que eu sempre achei lindas. Meu cárcere é a angústia de nunca poder ter sabido como teria sido se você tivesse me deixado mostrar o quanto eu sempre gostei de ti.

Nenhum comentário: