27 de dezembro de 2008


Tenho em mim todos os sonhos do mundo. São todos meus. E se não são meus então são eu. Sim, sou uma massa vivente de vontades, desejos, ambições e espera. De todos os múltiplos anos de trezentos e tantos dias, sua grande totalidade deles passei no aguardo, no projeto, na idealização, na sala de espera da vida. Cansei de ficar sentado, mesmo sem saber como me manter em pé, levantei, tentei passos, busquei equilibrar-me e não consegui, cai, me machuquei, clamei por ajuda, me ergui, e mais uma vez, sentei, e levantei, e segui dentro da sala de espera. Sou adolescentemente claro quanto a isso, não tenho mais paciência, tenho urgência, vontade, desejo, sonho, quero felicidade, adrenalina, emoção, movimento, quero cruzar a porta da sala, quero o fluxo, o trânsito, a aventura da existência. Ainda não consigo imaginar o mundo lá fora como ele deve ser, ainda me enfeitiço, me encanto, fantasio em demasia. Espero que a maturação progrida, que eu enrijeça, cresca, intensifique o equilíbrio. Eu quero coragem, sorte e realização. Estou me conformando que somos sozinhos, que nascemos sós, e que ninguém exceto nós mesmos nos acompanha sempre. Céu azul, sol de verão, sorriso na fronte, novo ano de experiência e espera nova. Os bons, como diz a etiqueta, nunca se rendem.

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